O Ceará deve alcançar uma safra de 794.492 toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2020. Os dados representam um crescimento de 42% em relação ao mesmo período do ano passado (559.791 toneladas) e de 75,71% (452.158 toneladas) em relação à expectativa de safra de janeiro de 2020. As informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE) de setembro deste ano e foram divulgados na última quinta-feira (8).
O sorgo forrageiro (212%), o algodão herbáceo (59,7%) e o milho primeira safra (50,7%) foram os produtos que melhor pontuaram no comparativo anual. Outros dados positivos são a estimativa de colheita de 132.663 toneladas de feijão primeira safra (25,9%), de 95.488 toneladas de castanha de caju (8,9%), 729 toneladas de uva (29,3%) e de 575 toneladas de amendoim (34,3%). As baixas são nas colheitas de mamona (-57%), fumo (-33,3%) e café arábica (-24,8%).
“Mais que uma boa quadra chuvosa, o agricultor cearense comemora porque contou com o apoio do Governo do Ceará com a distribuição de sementes, prestação de assistência técnica e, também, no estímulo à comercialização”, justifica o secretário do Desenvolvimento Agrário. De Assis Diniz destaca, por exemplo, a entrega de 2 milhões de toneladas de sementes pelo Hora de Plantar. “São sementes de alto potencial genético e adaptadas ao semiárido cearense”.
Além disso, a entrega dos projetos de mecanização agrícola pelo Projeto São José, incluindo 184 tratores e implementos agrícolas, e permitiu preparar melhorar o solo e colaborou também para acelerar a colheita. “Em 2019, atingimos a marca de 69 mil agricultores familiares que receberam a assistência técnica prestada pela Ematerce e outros 27.329 pelo Projeto Paulo Freire e mantivemos esta mesma atenção neste ano, mesmo à distância, em decorrência da Covid-19”.
Outros dados positivos são a estimativa de colheita de 120.815 toneladas de feijão primeira safra (28,5%), de 418.229 toneladas de banana (2,9%), 95.520 toneladas de castanha de caju (8,9%) e de 173.449 toneladas de tomates (10,4%). Alguns dos dados negativos se referem às safras de mamona (-57%), fumo (-33,3%), café arábica (-24,8%) e mandioca (-7,5%). A baixa estimativa de produção de mamona se refere à redução da área plantada, de 752 para 457 hectares, o que também ocorreu em relação à mandioca, de 113.800 para 58.574 hectares.