Nascida prematura com 34 semanas, Vitória Rebeca veio ao mundo no dia 25 de janeiro deste ano no Hospital Geral Dr. César Cals (HGCC), da rede pública da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado. Até se recuperar, a criança passou cinco meses internada na unidade. Na última sexta-feira (19), Adriana Maria Silva do Nascimento, 37, mãe da menina, foi comunicada que a filha finalmente havia recebido alta.
“Eu fiquei muito feliz. Eu me sinto realizada. Sempre esperava por esse momento e ele chegou”, contou Adriana momentos antes de ter a filha nos braços e levá-la para casa. Na saída de Vitória, a equipe multidisciplinar responsável pelos cuidados da recém-nascida fez uma surpresa para a mãe, que foi cercada e aplaudida pelos profissionais.
Cartazes com mensagens de força e incentivo reforçavam a humanização do atendimento, uma das marcas do HGCC. “O corredor de palmas representa o esforço de toda a equipe e do laço formado com a família diante a internação do bebê. Se torna mais um momento de cuidado integral ao bebê e sua família”, explica a psicóloga residente, Sarah Marques.
Moradora de Beberibe, Adriana conta que ela e o marido estavam ansiosos para receber a filha em casa. Para o casal, que enfrentou uma gestação difícil, o momento representa uma grande conquista. “Eu precisei ficar na Casa da Gestante. Tive complicações na gestação, como restrição de crescimento e baixo peso. Precisava de acompanhamento integral. Agora, ela está bem, vai para casa e continuaremos o acompanhamento, conta Adriana, feliz e agradecida.
Tratamento e recuperação
Vitória ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) e depois na Unidade de Cuidado Intermediário Convencional (Ucinco), ambas do HGCC. Após o nascimento, ela apresentou desconforto respiratório causado por estreitamento nasal e foi atendida por diversos profissionais.
“Ela foi acompanhada por uma equipe multiprofissional, composta por otorrinolaringologista do Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), também da Rede Sesa, fisioterapeuta, nutricionista, médica e equipe de enfermagem, com intuito de ajudar Vitória conciliar sua respiração com deglutição, que estavam prejudicadas. Após exames, chegou-se à conclusão sobre a correção cirúrgica, que deve acontecer no Hias quando ela completar um ano”, explica a enfermeira Cristiane Coelho.
Antes de ir para casa, Vitória precisou passar por um procedimento cirúrgico para facilitar a alimentação. Quando nasceu, a menina pesava 1.760 Kg. Agora, aos cinco meses de vida, está com 3.320 kg. “Eu gostei muito do tratamento aqui no Hospital. Excelente. Queria passar para outras mães que tivessem a força que eu tive, a paciência e que confiem no Senhor, que tudo dá cetro. Tudo é no tempo do Senhor”, finaliza Adriana Maria.