O Hospital São José (HSJ) é referência no tratamento de doenças infectocontagiosas no Nordeste. A unidade da rede pública da Secretaria da Saúde do Ceará, do Governo do Estado, montou um esquema diferenciado durante a pandemia para manter o atendimento emergencial.
“É uma estratégia especial para atender pessoas que têm sintomas ou acreditam terem sido contaminadas por ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), como HIV e hepatite, doenças graves e que necessitam desse cuidado imediato”, explicou a enfermeira coordenadora da equipe multidisciplinar do ambulatório de especialidades do HSJ, Tereza Raquel de Queiroz Fernandes.
Pessoas com sintomas ou suspeitem terem sido infectadas por hepatite ou HIV devem se apresentar no Hospital, onde passarão por triagem e testes rápidos. Se comprovada a infecção, a equipe de enfermagem agendará a primeira consulta para avaliação e orientação medicamentosa.
“O paciente, após a consulta, já recebe medicamentos para usar durante alguns meses. E um retorno fica a critério do médico”, explicou a enfermeira. Vale ressaltar que as consultas acontecem em dias específicos no ambulatório de especialidades, entre 7h e 17h.
Por segurança, os atendimentos seguem normas da Organização Mundial de Saúde (OMS) e acontecem com hora marcada, distanciamento, uso de máscara obrigatório e higienização das mãos.
Pacientes com sintomas de outras ISTs também passam pela triagem e realizam o teste rápido. No entanto, se o resultado for positivo, eles passarão pela consulta na emergência, onde também serão orientados sobre medicamentos.
É importante ressaltar que os medicamentos podem ser recebidos na unidade. Basta apresentar a receita na farmácia hospitalar. Quem já é paciente do Hospital São José e precisa renovar a receita para continuar o tratamento pode entrar em contato com o ambulatório e fazer o agendamento.
Outro setor do HSJ que está funcionando normalmente é Hospital Dia, reservado para receber pacientes cuja medicação necessita de preparo e/ou aplicação intravenosa. As manhãs de sexta-feira, no entanto, são reservadas à assistência de pacientes que se tratam de tuberculose. “Viabilizamos tudo que foi possível dentro desse contexto de pandemia. O importante é que os pacientes não deixem de se tratar”, finaliza Tereza Raquel.