HGWA imuniza bebês prematuros contra doenças respiratórias graves

O Hospital Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA), unidade da rede pública da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Estado, finaliza na próxima sexta-feira, 29, o ciclo de 2020 de imunização com o Palivizumabe.
O medicamento é usado para proteger bebês prematuros e com doenças do coração e dos pulmões contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) ao longo da quadra invernosa no Estado.

Devido às medidas de restrição para conter a transmissão do coronavírus, a última aplicação deste ciclo será realizada em dois turnos, durante manhã e tarde, para dividir a demanda de famílias e reduzir a quantidade de pessoas dentro da unidade.

Ao longo dos cinco meses do ciclo anual do Palivizumabe, cerca de 40 crianças foram imunizadas no HGWA. Pedro Heitor, de um ano e dez meses, recebeu a medicação pela segunda vez. A professora Risoleta Muniz conta que o filho nasceu com 29 semanas de gestação e passou 43 dias internados no Hospital. Quando teve alta, recebeu a indicação médica de fazer uso do anticorpo.

“Antes da vacina, ele tinha muita gripe. Todo mês ficava gripado, com nariz entupido, com febre e eu precisava levá-lo à UPA (Unidade de Pronto Atendimento). Depois que começou o tratamento, o menino praticamente está saudável e brincalhão”, conta.

Medicamento

Devem ser imunizados bebês prematuros abaixo de 29 semanas e com menos de um ano de idade, além de crianças menores de dois anos com doença pulmonar crônica ou doença cardíaca congênita que cause alteração na pressão arterial.

Segundo a pediatra Raquel Menezes, o tratamento evita que essas crianças contraiam infecções graves decorrentes do Vírus Sincicial Respiratório, que pode causar bronquiolite aguda (inflamação dos bronquíolos) e pneumonia.

“Crianças desse grupo específico, quando têm contato com o VSR, tendem a cansar muito, a ter muita secreção. Bebês podem até ir para a UTI quando as infecções se agravam muito. O Palivizumabe não é uma vacina. O medicamento ajuda essas crianças a não evoluírem para um quadro grave quando pegam alguma infecção respiratória”, ressalta.