Uma doença rara que acompanha Emmanuel Castro, de 32 anos, desde os primeiros dias de vida não foi impedimento para que ele desenvolver além do esperado e ser exemplo de superação. Da caminhada independente à profissionalização em cinema, Emmanuel desafia a displasia espondilometafisária .
Segundo a família do rapaz, ainda quando ele era criança, veio o diagnóstico do tipo mais raro da doença. “Desde a gravidez eu sentia algo diferente. Eu falava com minha mãe que estava preocupada porque o bebê mexia menos”, contou Fátima de Castro, mãe de Emmanuel.
Algumas partes do corpo do filho se desenvolveram mais rápido que outras. Quando criança, foi preciso fazer uma cirurgia para a coluna parar de crescer.
No meio desse processo, Emmanuel conheceu a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD). Ele foi o segundo paciente da associação e chegou sem perspectiva de colocar os pés no chão.
“Eu tinha cerca de 12 anos. Lembro que cheguei achando que seria operado, mas era só uma avaliação”, conta. Após anos de tratamento e terapia, Emmanuel precisa visitar a AACD apenas uma vez por ano. A associação, que não tem fins lucrativos, completou 20 anos em 2019.
Agora com uma prótese na perna esquerda. conquistada com auxílio da instituição, e um andador, caminhar é uma de suas maiores alegrias. “É bom sentir o pé no chão, a raiz. É outro olhar”, disse.
Um dos maiores sonhos de Fátima é que o filho conseguisse ler. Emmanuel foi além, se formou em cinema e não tem sonhos pequenos. “Quero trabalhar em programas da TV, seja na produção, na arte, figurino ou edição de imagem”, afirmou.
O cineasta ainda disse que pretende viajar para São Paulo e Canadá com os amigos. O professor Carlos Lacerda reconhece que a vontade pode se concretizar em breve. “Ele tem uma inteligencia diferenciada, uma postura de independência, criatividade e iniciativa”, disse.
Fonte: G1.com