Do batismo a canonização, o número 13 se relaciona com Irmã Dulce, religiosa baiana que será canonizada em 13 de outubro deste ano, em Roma, no Vaticano.
Desde a infância, os encontros da vida de irmã Dulce com o mundo religioso ocorrem sempre no dia 13. Além disso, ela era devota de Santo Antônio, celebrado no dia 13 de junho. Santo Antônio sempre foi cultuado pela família da religiosa, inclusive, a imagem que hoje está no Memorial de Irmã Dulce, em Salvador, ficava na casa dos Lopes Pontes.
Para o frei Giovanni Barbosa Messias, reitor do santuário de Irmã Dulce, o número não se trata de sorte, é mais uma semelhança entre santos.
“Eu atribuo isso à sua devoção a Santo Antônio. A vida de Irmã Dulce e a de Santo Antônio elas caminham juntas, têm uma identificação muito grande. Santo Antônio cuidava dos pobres, alimentava os famintos, acolhia os pequenos, defendia aqueles que sofriam. Irmã Dulce se assemelha à sua vida com seu santo de devoção. Esse cuidado, esse zelo para com os pobres. Então o 13 é tão forte na vida de Santo Antônio e de Irmã Dulce que os dois vivem quase que um mesmo ideal, o mesmo estilo de vida”, explicou o frei.
Vários fatos marcantes da vida de Irmã Dulce têm relação com o número 13. Aos seis meses de vida ela foi batizada no dia 13 de dezembro de 1914. Este foi o primeiro contato que a menina, Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, teve com a Igreja Católica.
Ela começou a praticar caridade aos 13 anos de idade, atendendo doentes na porta de casa. Em 13 de agosto de 1933, recebeu o hábito de freira das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, em Sergipe, por isso foi escolhida justamente esta data para render graças ao ‘Anjo bom da Bahia’.
“As religiosas não escolhiam nem onde praticariam sua profissão, nem o nome que iria receber. Ela recebe com surpresa o nome de Irmã Dulce e [a notícia] de que lhe foi permitido voltar a Salvador, que não seria uma coisa normal. Então, no dia 13 de agosto [1933], ela assina com o nome de Irmã Dulce pela primeira vez, recebe o hábito também e se fotografa pela primeira vez como religiosa”, explica a museóloga Marcela Avendano.
Fonte; g1.com