Sobrevivente de naufrágio em Maragogi diz que usou balde como boia para se salvar; ‘Desespero’

Sobreviventes do catamarã que afundou em Maragogi chegaram ao Ceará na noite desde domingo (28) na cidade do Eusébio, Região Metropolitana de Fortaleza. Os turistas foram recebidos com abraços e aplausos por familiares e amigos.

O catamarã naufragou no começo da tarde do sábado (27) no mar de Maragogi, Litoral Norte de Alagoas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, duas idosas cearenses morreram no acidente.

O grupo de turistas do Ceará chegou às 23h20 deste domingo. O empresário Daniel Araújo estava com a família na hora do acidente e relembrou momentos de angústia e medo. Ele lembrou que saiu de perto do desespero das outras pessoas e se agarrou em um balde para ficar boiando até a chegada do resgate.

“A gente sentiu que o mar não estava bem. Aí o condutor do barco pediu para o pessoal ir para o lado direito do barco, sendo que quando ele pediu o barco desceu. A gente sentiu que estava no Titanic com o barco afundando “, disse ao G1.

Daniel estava com o filho, a esposa e a sobrinha aproveitando o passeio na praia de Maragogi. O empresário explicou que ninguém da família dele ficou ferido. Ao perceber o acidente, ele segurou o filho e a esposa ficou com a sobrinha. Após o acidente, Daniel explicou que o barco contratado pela empresa não era o mesmo que naufragou, mas só ficou sabendo depois.

“Quando a gente chegasse na piscina era para ir para o outro barco que a empresa contratou”, acrescentou.

“Foi tudo muito rápido. Estava todo mundo feliz. De repente, começou a entrar água no barco. Até agora estou me perguntando como isso aconteceu. Poderia ter sido muito pior, uma tragédia maior. Tinham seis crianças, 4 pessoas que não sabiam nadar. Foi Deus”, disse Tarcísio Gomes da Silva, que estava no passeio. Ele é filho de uma das idosas que morreu no acidente, a senhora Lucimar Gomes da Silva, 69 anos.

A outra vítima foi identificada como Maria de Fátima Façanha da Silva, 65.

Em nota, a Marinha informou que vai investigar o caso e que um inquérito será aberto para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente.

A Prefeitura de Maragogi e a Associação dos Proprietários de Catamarãs de Maragogi (ACPM) informaram que o proprietário do catamarã não tinha autorização para transportar passageiros, e que já havia sido autuado por realizar passeios clandestinos.

Fonte: g1.com