Choque com aves na pista do Aeroporto do Recife impede decolagem de avião

Um choque com aves ocorrido na manhã desta segunda-feira (1º), na pista do Aeroporto Internacional do Recife/Gilberto Freyre, impediu a decolagem de um avião que seguiria para o terminal de Congonhas, em São Paulo. Por medida de segurança, os passageiros tiveram que desembarcar, aguardar orientações da Gol e tentar conseguir uma vaga em outro voo.

Por meio da assessoria de comunicação, a Infraero confirmou que houve um choque entre aves e o avião da Gol. Por causa dessa colisão, a pista ficou fechada entre 7h02 e 7h13 para inspeção. Durante essa vistoria, foram encontradas carcaças de aves, segundo a empresa.

O incidente no voo 1551 deixou os passageiros assustados, mas não houve feridos. O piloto, informaram os passageiros, foi obrigado a executar uma freada “bem forte”.

O fato ocorreu por volta das 6h45, quando o avião acelerou para decolar. Passageiros informaram que a tripulação explicou, por meio do sistema de comunicação da aeronave, o que havia acontecido.

Os clientes da companhia aérea ficaram sabendo que houve uma “colisão com pássaros”, o que provocou o “cancelamento da decolagem”. A tripulação também disse que a aeronave passaria por uma avaliação para poder ser liberada para a viagem.

A fisioterapeuta Juliana Fidélis informou que viu o momento em que saiu uma “faísca” perto da asa do avião. “A aeronave estava acelerando para subir e teve que parar de imediato. Foi um susto”, comentou.

Ela disse também que deveria chegar a São Paulo para fazer uma conexão para Uberlândia, em Minas Gerais, às 11h. “Pediram apenas para aguardar. Espero chegar no horário para não perder o voo”, declarou.

O aposentado Renato Bittencourt afirmou que em uma das “valetas” da asa do avião havia sinais de queimadura.

“Eu estava na poltrona 28, perto da asa, e vi que ficou escuro. Imagino que um pássaro deve ter influenciado na faísca. Tinha cheiro de queimado”, acrescentou.

Apesar do susto, o passageiro disse que teve confiança na ação do piloto. “Foi correto o que ele fez. Sabemos que eles são capazes. Foi melhor frear no solo do que acontecer alguma coisa lá em cima”, declarou.

Depois do desembarque, passageiros foram levados para uma sala do aeroporto. Funcionários no balcão da Gol informaram que todos deveriam esperar e que havia a possibilidade de conseguir lugares em aviões da mesma companhia, à tarde.

A personal trainer Marta Melo reclamou da demora da companhia ao explicar o que aconteceria com os passageiros. “Estou com tudo pronto em São Paulo e não sei o que vai acontecer. Tenho compromissos. Não tivemos satisfação”, comentou.

G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação da Gol e aguarda resposta.

Fonte: G1.com