Opresidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse nesta quarta-feira (13) que uma participação mais efetiva do presidente da República, Jair Bolsonaro, facilitará a aprovação da reforma da Previdência. Com a instalação, ontem, da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), a PEC começou oficialmente a tramitar.
Orçamento
Maia declarou ainda que não conversou com Guedes sobre uma possível “contaminação” da análise da reforma da Previdência pela intenção do Planalto de encaminhar outra PEC propondo a desvinculação de receitas e despesas do Orçamento. “Só tem que avaliar quais são os impactos, se tem alguma contaminação, mas eu não vejo problema de ela (PEC) tramitar no Senado”, comentou Maia.
Para a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), a intenção do governo de propor a desvinculação do Orçamento pode favorecer o apoio de prefeitos e governadores para a reforma da Previdência. “Eu conversei ontem [segunda-feira] inclusive com o Davi Alcolumbre [presidente do Senado] sobre esse assunto, mas nada vai ser decidido sem que nós sentemos à mesa e cheguemos a um consenso junto ao presidente da Câmara”, disse.
Hasselmann ponderou, no entanto, que o presidente da Câmara já havia demonstrado receio de que o avanço da PEC da desvinculação atenda ao pleito de prefeitos e governadores e os faça deixar de lado a reforma da Previdência.
“Um governador desvincular o orçamento no seu estado talvez resolva o problema dos quatro anos dele e ele possa abrir mão da Previdência. Eu só tenho essa preocupação”, disse Maia ontem em entrevista.
Nesta quarta-feira, o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, declarou que a proposta para desvincular o Orçamento não será enviada no curto prazo, contrariando a afirmação feita pelo ministro Paulo Guedes, da Economia, que previa a apresentação do texto em abril.
Fonte: Noticias ao minuto