Quatro homens são presos com distintivos policiais falsos que têm erros ortográficos

A Polícia Civil prendeu em flagrante quatro homens que se diziam policiais civis para praticar atividades exclusivas da corporação, além de almoçar e pedir cestas básicas em um supermercado em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. O grupo usava distintivos falsos que têm erros ortográficos, como “justiçã”.

As prisões ocorreram na quinta (31), mas as informações foram divulgadas nesta terça-feira (5). De acordo com o delegado José Custódio, que investiga o caso, o grupo informava que atuava em uma delegacia inexistente.

“Eles falavam para as pessoas que eram da delegacia de defesa e proteção dos direitos da criança e do adolescente, um órgão que não existe. Locaram dois carros para serem usados como viaturas descaracterizadas e usavam distintivos falsos, além de algemas e fardas”, explica.

Objetos falsificados foram apreendidos pela Polícia Civil de Pernambuco — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Objetos falsificados foram apreendidos pela Polícia Civil de Pernambuco — Foto: Polícia Civil/Divulgação

Nos distintivos, há símbolos como os brasões da República e do Estado de Pernambuco. Em outros documentos com a identificação falsa, também existe uma espécie de autorização para fiscalizar estabelecimentos comerciais.

Ainda segundo a corporação, os quatro homens tinham o costume de almoçar em um supermercado em Jaboatão dos Guararapes, há pelo menos uma semana e meia. “Os homens diziam que faziam rondas dentro e fora dos estabelecimentos e que estavam autorizados a fazer isso”, diz.

A polícia acredita que mais pessoas fazem parte da quadrilha e pede ajuda da população. “Sabemos que existe uma mulher loira, de cabelos curtos e estatura baixa, que se apresenta como delegada. Acreditamos que há cerca de dez pessoas envolvidas nesse esquema”, indica Custódio. A população pode procurar a delegacia de Piedade, em Jaboatão.

Os quatro autuados em flagrante devem responder pelos crimes de falsificação de selo público, associação criminosa e usurpação da função pública.

 Fonte: G1