Supostas candidaturas laranjas do partido motivaram crise no governo, que culminou com queda do primeiro ministro, Gustavo Bebianno
Menos de um dia após a demissão de Gustavo Bebianno, o presidente Jair Bolsonaro marcou uma audiência nesta terça-feira (19) com o presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, também envolvido na crise das candidaturas laranjas do partido.
O encontro será o primeiro entre ambos, registrado na agenda oficial, desde a revelação pela Folha de S.Paulo, no início de fevereiro, do esquema envolvendo a sigla do presidente e integrantes de sua equipe de governo, como o ministro do Turismo, Marcelo Alvaro Antonio.
Na semana passada, a Folha de S.Paulo mostrou que o grupo de Bivar criou uma candidata laranja em Pernambuco que recebeu do partido R$ 400 mil de dinheiro público na eleição do ano passado. O comando formal da sigla no estado é do advogado particular e aliado do dirigente da sigla, Antonio de Rueda.+
Desde o início da crise política, integrantes da equipe ministerial vinham defendendo o afastamento de Bivar da direção da sigla para evitar que o escândalo contaminasse o presidente. Com a queda de Bebianno, o movimento pela saída de Bivar foi incorporado inclusive por parlamentares da legenda.
A expectativa é de que após o encontro com o presidente, no Palácio do Planalto, Bivar se reúna com Bebianno, em um hotel da capital federal. O PSL foi presidido pelo ex-ministro da Secretaria-Geral durante as eleições de 2018, durante a campanha do presidente, que foi marcada por um discurso de ética e de combate à corrupção.
A queda de Bebianno decorreu da maior turbulência política enfrentada pelo governo Bolsonaro, que completou 50 dias de existência nesta terça-feira (19). A saída precoce de Bebianno do Palácio do Planalto preocupa aliados do presidente pelo potencial explosivo de supostas ameaças que ele estaria fazendo nos bastidores. Com informações da Folhapress
Fonte: Notícias ao Minuto