Em Santana do Cariri, truculência marca eleição para mesa diretora da Câmara

Por Madson Vagner

Santana do Cariri parece fadada às más notícias políticas. Desta vez foi a Câmara de Vereadores que teve seu processo eleitoral para a sucessão da Mesa Diretora atropelado pelo presidente Gildo Lopes. Com a derrota eminente, Gildo indeferiu a chapa de oposição e despertou a revolta de sete dos 11 vereadores.

A motivação para o indeferimento seria a ausência da assinatura da candidata da oposição Luciene Soares. A oposição garante que toda burocracia foi cumprida e a impugnação, acontecida durante a sessão do dia 1º de novembro, data da votação, foi arbitraria.

Os sete parlamentares abandonaram a sessão depois do presidente negar, inclusive, a fala aos parlamentares da chapa impugnada. Mesmo sem o quórum mínimo e rasgando o Regimento Interno, Gildo procedeu com a votação. O caso será resolvido pela Justiça. A ação já foi protocolada!

A arbitrariedade contra a chapa de oposição foi articulada por Pedro de Gerson, pai do prefeito Pedro Henrique. As decisões do presidente Gildo Lopes, que atropelaram a democracia e o Regimento Interno da Câmara, aconteceram sob aplausos de dezenas de servidores contratados e comissionados da Prefeitura.

Centenas de fotos e vídeos devem ser encaminhados ao Ministério Público para comprovação do uso da máquina pública durante a sessão que evitou a chegada da oposição ao poder no Legislativo. Será pedido a exoneração de todos os servidores presentes à sessão.

A articulação feita por Pedro de Gerson teve um objetivo, garantir a manutenção do filho no poder até 2020. A oposição já teria material suficiente para cassar o prefeito e destronar o pai Pedro de Gerson.