Bolsonaro amplia vantagem sobre Haddad

A nova pesquisa Datafolha, divulgada ontem, mostra que, pela primeira vez desde o início da série histórica do instituto, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) cresceu fora da margem de erro, passando de 28% para 32% na preferência do eleitorado.

Ex-prefeito de São Paulo e segundo colocado na disputa pelo Planalto, Fernando Haddad (PT) oscilou negativamente um ponto, indo a 21%.

Ciro Gomes (PDT) manteve-se com 11%, numericamente à frente de Geraldo Alckmin (PSDB), que se movimentou de 10% para 9%.

 

João Amoêdo (Novo) tem 3%. Henrique Meirelles (MDB), Alvaro Dias (Podemos) e Cabo Daciolo (Patriota) possuem 2% cada.

 

Guilherme Boulos (Psol), João Goulart Filho (PPL), Eymael (DC) e Vera Lúcia (PSTU) não pontuaram. Brancos e nulos somam 8%. Não sabem ou não responderam chegam a 5%.

 

O Datafolha ouviu 3.240 eleitores de 225 municípios. Todos os questionários foram aplicados ontem. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi contratada pelo jornal Folha de S. Paulo.

 

O resultado confirma cenários de primeiro turno já apontados pelo Ibope na segunda-feira, 1º/10. Até agora, os quadros delineados pelas duas pesquisas têm convergido.

 

Ambas captaram, por exemplo, o crescimento de Bolsonaro nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, reduto petista, e entre mulheres, segmento cuja maioria continua a rejeitá-lo. Nessa faixa do eleitorado, porém, o militar avançou seis pontos.

 

Desde 22 de agosto, data da primeira rodada do Datafolha, até a sondagem do último dia 28/9, o postulante vinha oscilando positivamente na margem de erro. Em 22/8, ele tinha 22%. Na pesquisa seguinte (10/9), Bolsonaro foi a 24%.

 

Até a semana passada, o capitão da reserva pulava de dois em dois pontos a cada nova rodada.

 

No levantamento de ontem, o primeiro feito após os protestos de mulheres contra o candidato no fim de semana, o militar disparou quatro pontos, demonstrando crescimento real.

 

Também pela primeira vez após o começo das prospecções do instituto, Haddad oscilou negativamente na disputa.

 

Do dia 10/9, véspera de sua oficialização como substituto de Lula na chapa presidencial, até 28/9, o petista tinha crescido 13 pontos.

 

O Datafolha testou também cenários para o segundo turno da corrida eleitoral. Bolsonaro melhorou desempenho nessa etapa. Contra Ciro, o deputado federal arranca um empate técnico no limite da margem: o ex-governador do Ceará aparece com 46% ante 42% de Bolsonaro.

 

Se o concorrente é Alckmin, a desvantagem de Bolsonaro é menor: tem 41% contra 43% do tucano. O parlamentar também empata tecnicamente quando ao lado do candidato petista, que obtém 42% contra 44% do nome do PSL.

 

Na pesquisa anterior, o cenário era favorável a Haddad, que derrotava Bolsonaro por 45% a 39%. De lá para cá, o petista caiu três pontos, enquanto o deputado galgou cinco.

 

Haddad e Bolsonaro, aponta o levantamento, conquistam seus maiores índices no segundo turno quando se enfrentam.

 

O Datafolha verificou ainda a rejeição aos candidatos à Presidência da República. Bolsonaro segue com o maior percentual de eleitores que afirmam que não votariam nele de jeito nenhum: 45%.

 

No entanto, a rejeição de Haddad saltou nove pontos, chegando a 41%, tecnicamente empatado com o líder das pesquisas.

CONFIANÇA

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (BR-03147/2018). Como nos levanta-mentos anteriores, o nível de confiança é de 95%.

Fonte: O Povo