Mais de 544 mil crianças devem ser vacinadas contra sarampo e poliomielite em Pernambuco

A partir desta segunda-feira (6), ao menos 95% das 544.180 crianças pernambucanas devem ser imunizadas durante a Campanha Nacional de Vacinação Contra Poliomielite e Sarampo, que segue até o dia 31 deste mês. O público alvo é formado por menores de 1 ano até 4 anos, 11 meses e 29 dias, mesmo que eles já tenham tomado alguma dose. O Dia D ocorre no dia 18 de agosto. (Veja vídeo acima)

No Recife, a meta é imunizar pelo menos 95% das 80.028 crianças na faixa etária recomendada pelo Ministério da Saúde. Para isso, 170 unidades de saúde estão disponíveis, das 8h às 17h. No Brasil, o objetivo é vacinar mais de 11 milhões de crianças.

De acordo com a Secretaria de Saúde de Pernambuco, o estado está há 30 anos sem a circulação da poliomielite e quatro anos sem ocorrências de sarampo. O número se refere ao período entre entre 30 de julho e quinta-feira (2). O Brasil acumula mais de mil casos da doença, desde o início deste ano até quarta-feira (1º).

Casos suspeitos em PE

Na sexta-feira (3), no entanto, o governo do estado informou que há cinco casos suspeitos de sarampo em investigação. Nenhum deles tinha sido confirmado até o domingo (5).

São todos de uma família que mora no Recife. De acordo com a secretaria, duas notificações foram registradas no dia 30 de julho, no Recife, sendo a primeira de um homem de 27 anos que havia viajado para Manaus, uma das áreas em que o vírus circula.

De acordo com o secretário de saúde da capital pernambucana, Jaílson Correia, é preciso vacinar todas as crianças na faixa etária estabelecida pelo Ministério da Saúde, porque o objetivo é reduzir o risco de reintrodução dessas doenças. Ele ressalta que pais ou responsáveis devem levar a caderneta de imunização das crianças, para o profissional avaliar e fazer o esquema necessário.

Durante a campanha, crianças que nunca foram vacinadas contra pólio, deverão receber uma dose da vacina injetável. As que já tomaram alguma dose da injetável, devem tomar a vacina oral (gotinha).

Em relação à tríplice viral, as crianças que nunca foram imunizadas, devem receber uma dose e agendar a próxima. Quem já tomou alguma dose desta vacina, há mais de 30 dias, deve receber outra.

Aquelas que tomaram alguma dose, há menos de 30 dias, devem prosseguir com o agendamento conforme o calendário.

Vacina contra o sarampo (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Vacina contra o sarampo (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Calendário Nacional de Vacinação

O esquema de vacinação contra a pólio é composto por três doses da vacina inativada poliomielite (VIP): administradas aos dois, quatro e seis meses, sendo necessários dois reforços com a vacina oral poliomielite (VOP) aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

A vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) deve ser aplicada em duas doses para o público entre 12 meses e 29 anos, além de profissionais de saúde de qualquer idade.

Estatísticas

Em Pernambuco, em 2017, 99% das crianças de 1 ano tomaram a primeira dose da vacina tríplice viral. Desse total, 69% fizeram a segunda dose, completando o esquema. A meta mínima para prevenir a circulação da doença é de 95%.

No estado, foram confirmados 199 casos de sarampo em 2013 e 27 em 2014, além de um caso importado em 2012. Anteriormente, o último registro tinha sido em 1999, com 240 casos.

Poliomielite

É uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida, de início súbito. A transmissão ocorre por contato direto pessoa a pessoa, pela via fecal-oral (mais frequentemente), por objetos, alimentos e água contaminados com fezes de doentes ou portadores, ou pela via oral-oral,por meio de gotículas de secreções da orofaringe (ao falar, tossir ou espirrar).

O último caso de poliomielite no Brasil ocorreu em 1989. Assim, desde 1990, não são registrados casos da doença, que é grave e foi responsável por danos irreversíveis para milhares de crianças no mundo.

Sarampo

É uma doença infecciosa exantemática (manifestações na pele) aguda, transmissível e extremamente contagiosa, podendo evoluir com complicações e óbito, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.

A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, no período de quatro a seis dias antes do aparecimento do exantema até quatro dias após.

Fonte: G1