Com o fim de julho, PT resolveu radicalizar de vez

Por Madson Vagner 

Os acontecimentos do último fim de semana de julho, vindos da direção nacional do PT dão a entender que não haverá recuo, nem tolerância com aqueles que ajudaram, no que o PT se costumou a chamar de golpe. Aquele que tirou a presidenta Dilma Rousseff do poder e prendeu o ex-presidente Lula, segundo os petistas, sem provas e apenas para vencer as eleições.

Pois bem, Lula será candidato. Pelo menos é o que diz a presidente nacional petista, senadora Gleisi Hoffmann. Ela avisa: “Vamos registrar a candidatura de Lula, conforme a lei, que nos garante o direito de disputar a eleição”.

A dirigente avalia que esta não será uma eleição normal. “Querem impedir o eleitor de votar no candidato apoiado pela grande maioria”. “Não se iludam: terão de nos enfrentar nas urnas,” dispara Gleisi.

A MESMA Gleisi Hoffman, acusou o jornalista do O Globo, Lauro Jardim, de “fake news” ao publicar que o ex-presidente Lula e o senador Eunício Oliveira (MDB) teriam trocado cartas e que Lula teria confirmado apoio à candidatura de Eunício.

Vale lembrar que o PT do Ceará decidiu abrir mão da reeleição do petista José Pimentel para facilitar as articulações do governador Camilo Santana, abrindo espaço para Eunício Oliveira. Pelo visto a decisão não será referendada por Gleisi.

NUM OUTRO canto de Brasília, seis militantes de movimentos populares de diferentes partes do país anunciaram uma greve de fome, que começa às 16 horas desta terça-feira, 31.

Para João Pedro Stédile, membro da coordenação da frente Brasil Popular, a greve não tem data para terminar. Eles querem o Lula livre e para isso estariam dispostos a morrer.

Com as afirmações e declarações de guerra política, o PT demonstra que não colocará em prática um plano B, radicalizando em torno do nome de Lula para concorrer ao Planalto.

O problema na decisão é que os petistas e, vale salientar, são uma parte significativa da população, podem ficar sem o candidato. Basta uma canetada do TSE para colocar Lula inelegível.

NO CEARÁ, a dirigente petista continua motivando a candidatura de um nome do partido para o Senado. A ideia é eliminar qualquer possibilidade do PT fechar com o MDB de Eunício Oliveira.