Ao menos 10 pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (17) em uma operação do Ministério Público de Alagoas em parceria com os Ministérios Públicos de Sergipe e Bahia contra suspeitos de integrar uma organização criminosa especializada em corrupção de agentes públicos, lavagem de bens e falsificação de documentos. Segundo o MP-AL, estima-se que há um prejuízo de R$ 197 milhões aos cofres públicos.
A força tarefa é comandada pelo Grupo de Atuação Especial em Sonegação Fiscal e aos Crimes Contra a Ordem Tributária, Econômica e Conexos (Gaesf). A operação denominada Placebo prendeu um aditor-fiscal, empresários e laranjas. Foram cumpridos ainda 18 mandados de busca e apreensão em Alagoas, Sergipe e Bahia, todos expedidos pela 17ª Vara Criminal de Alagoas.
São acusados de participar do esquema de sonegação de impostos um auditor-fiscal de Alagoas, quatro empresários do ramo de distribuição de medicamentos, quatro testas-de-ferro, dois laranjas e dois contadores.
Em Alagoas, foram preso o auditor-fiscal Carlos Antônio Nobre e Silva, os testa-de-ferro Márcio André de Lira e Erasmo Alves da Silva Filho e o contador Benedito Alves dos Santos Júnior. Já em Aracaju, foram detidos os empresários Antônio Monteiro dos Santos, Arnaldo Monteiro dos Santos, Vanessa Veras Ribeiro e Jenisson Paulino da Silva Ribeiro.
Por fim, em Feira de Santana, interior da Bahia, foram presas as empresárias Maria Edenilce Monteiro dos Santos e a filha dela, Sílvia Santos Borges. Porém, elas se encontram na condição de foragidas da justiça.
Além dos Ministérios Públicos, participaram da ação a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e Polícia Civil (PC/AL),
Os crimes
As investigações apontam o dano aos cofres públicos é de aproximadamente R$ 197 milhões, valor atualizado até junho de 2018. Tal montante engloba imposto sonegado, multas, juros e correção monetária.
Segundo o promotor de justiça Cyro Blatter, coordenador do Gaesf, todos os alvos são acusados de formação de organização criminosa, falsificação de documentos públicos e privados, falsidade ideológica, lavagem de bens e corrupção de agente público.
Blatter comandou os trabalhos em Aracaju. Já em Maceió, a operação ficou sob a responsabilidade do promotor de justiça Guilherme Diamantaras. Em Feira de Santana, o Ministério Público foi representado pelo promotor de justiça Kléber Valadares.
Fonte: G1