o dia de Nossa Senhora do Carmo é celebrado pelos católicos nesta segunda-feira (16). No Recife, a data, que é feriado municipal, conta com uma série de missas, procissão e eventos religiosos em homenagem à santa. A 322ª edição da festa abre as portas para o ano de jubileu em preparação para o centenário da coroação da santa como padroeira da cidade. (Veja vídeo acima)
Na capital pernambucana, a festa muda o trânsito e altera rotas de 26 linhas de ônibus. As missas são realizadas na Basílica do Carmo, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife. Muita gente acordou cedo para homenagear a santa.
Uma das devotas da santa, Maria do Carmo dos Santos Silva foi à basílica vestida de amarelo, cor que é símbolo da Padroeira do Recife. Além do nome, ela divide o dia do aniversário com o feriado em homenagem a Nossa Senhora.
“É um dia muito especial para todos nós. É o dia em que estamos todos unidos num único propósito, que é pedir amor, paz e luz para os nossos governantes. O maior presente que eu poderia ganhar era que os nossos políticos tivessem a consciência de que nós somos seres humanos”, disse Maria do Carmo.
Uma das fiéis que saiu cedo para homenagear a santa, Germânia foi à basílica mesmo utilizando um colar cervical no pescoço.
“Mesmo assim, vale a pena. Venho há 30 anos e só tenho a agradecer por tudo que ela tem feito por mim. Eu, inclusive, tenho uma filha que nasceu no dia de hoje. Venho agradecer pelo nascimento da minha filha e todas as graças que ela já me fez, que foram muitas, inclusive uma casa”, disse Germânia.
Uma das tradições ligadas à devoção dos fiéis a Nossa Senhora do Carmo é a veneração pelos escapulários. Segundo o frei Rosenildo Alexandre, reitor da Basílica do Carmo, o artigo religioso serve como proteção ao fiel que o utiliza.
“O escapulário é um sinal de consagração que nós realizamos para com Nossa Senhora do Carmo. Como ela diz na aparição, ‘aqueles que morrerem revestidos por este manto não passarão pelo fogo do inferno’. Depois dessa aparição, propagou-se a devoção do escapulário no mundo inteiro”, explicou.
Além de quem sai de casa para assistir às missas, algumas pessoas celebram trabalhando o dia em homenagem à santa. Janete, conhecida como Janete das Flores, dormiu num colchão dentro da barraca em que ela atua, em frente à basílica. Ela agradece a Nossa Senhora seja pela cerâmica que ela conseguiu pôr em sua casa ou mesmo pela saúde para, ano a ano, trabalhar na festa.
“Estou aqui desde o domingo, com minha família, todos trabalhando. Chegamos às 4h30, viramos a noite aqui. Trabalho nessa festa desde que minha filha tinha cinco anos de idade. Hoje, ela tem 41”, celebrou.
Fonte:G1