Um dia depois de apresentar novo pacote para desmobilizar a greve dos caminhoneiros, e diante da recuperação parcial do valor das ações a Petrobras, o presidente Michel Temer reafirmou nessa terça-feira (29) que não pretende alterar a atual política de preços da estatal, mas que poderá reexaminá-la.
Em entrevista à TV Brasil, ele ressaltou que, nos últimos dois anos, a empresa estatal se recuperou de uma “situação economicamente desastrosa” e lembrou que, na tentativa de chegar a um acordo com a categoria grevista, estabeleceu um prazo de 60 dias para que não tenha elevação no preço do óleo diesel.
“Não queremos, digamos, alterar a política da Petrobrás. Não podemos reexaminá-la, mas com muito cuidado. Tanto que, você veja, estabelecemos um prazo de 60 dias para que não tenha nenhum aumento inicial e depois os aumentos serão formulados e formatados a cada 30 dias”, disse.
No entanto, segundo destaca o G1, o trecho de fala do presidente em entrevista provocou dúvida de compreensão. A assessoria da Presidência se manifestou e garante que Temer disse: “Nós podemos reexaminá-la, mas com muito cuidado”.
O presidente disse ainda que não há mais como disponibilizar recursos federais para convencer os caminhoneiros a interromper paralisação nacional. Segundo ele, não há como negociar novas concessões, uma vez que já foram esgotados todos os meios financeiros para se chegar a um acordo.”Nós esprememos todos os recursos governamentais para atender aos caminhoneiros em reivindicações legitimas e para não prejudicar a Petrobras. A esta altura, não temos mais como negociar, não temos mais o que fornecer”, disse.
Ele disse acreditar que a crise de desabastecimento de alimentos e combustíveis será encerrada a partir desta quarta-feira (30). “Eu percebo que os lideres dos movimentos estão dizendo para voltar ao trabalho. E isso esta começando a dar resultado”, afirmou. Com informações da Folhapress.
Fonte: notícias ao minuto