Por conta da falta de combustível causada pela paralisação dos caminhoneiros, passageiros enfrentam cancelamentos e atrasos nas partidas e chegadas de ônibus intermunicipais e interestaduais no Terminal Rodoviário João Paulo II, no bairro do Feitosa, em Maceió, nesta sexta-feira (25).
Em Alagoas, a greve da categoria chegou ao quarto dia. Há interdições em ao menos 4 trechos em BRs e 3 em rodovias estaduais, mesmo após o acordo entre representantes dos caminhoneiros e ministros para que o protesto fosse suspensos.
Uma das pessoas afetadas foi a empregada doméstica Dilma Gomes, 45. Ela, que tem como destino o município de Feira de Santana (BA), inicialmente partiria do terminal rodoviário às 12h40, pela empresa São Luiz. Entretanto, enfrenta uma jornada que já dura mais de oito horas no local.
“Estou aqui desde as 11h30. Essa situação é um horror, estou estressada e angustiada. A empresa não me reembolsou, pediu para eu esperar e estou aqui até agora. Tive que almoçar e jantar em restaurantes da rodoviária, e todas as refeições pagas por mim. A previsão de saída é para as 22h”, relatou.
Com baixo movimento durante a noite, as empresas Progresso e Real Alagoas cancelaram as viagens desde às 16h. Já as empresas São Luiz, Gontijo, Transbrasil, e Catedral estão com atrasos.
Reflexos dos protestos, o número de partidas e chegadas de ônibus no terminal da capital alagoana caiu 30%, segundo confirmou a administração do local.
“Essa paralisação teve reflexos na rodoviária, com alguns horários sendo cancelados, tanto intermunicipal como interestadual. As empresas que fazem transporte para outros estados avisam aos passageiros, no momento da compra das passagens, que essas viagens podem ser canceladas ou ter os horários alterados”, explica Oliveira.
O supervisor de operações do terminal Alosio dos Santos reforçou que de fato os atrasos aconteceram, e não sabe como vão funcionar as viagens neste sábado (26). “Nada oficial foi passado para a gente”, justificou.
Fonte: G1 nordeste