A Prefeitura de Maceió informou na tarde deste sábado (3) que acionou a Defesa Civil nacional para investigar o tremor de terra sentido hoje na capital alagoana.
O fenômeno deixou moradores desesperados. Muitos abandonaram prédios e casas ao perceberem o fenômeno. Asfaltos cederam e rachaduras surgiram nas paredes dos imóveis.
O tremor de terra na capital alagoana foi sentido horas após ser registrado fortes chuvas que provocaram vários estragos na cidade.
Ajuda de especialistas
Já no final da tarde, a Defesa Civil de Maceió reuniu a imprensa para falar sobre o tremor e pedir à população que não entre em pânico.
O coordenador da Defesa Civil municipal, Dinário Lemos, explicou que estudos sobre esse tipo de fenômeno são feitos por pesquisadores de órgãos nacionais.
Assim, além da Defesa Civil Nacional, foram acionados estudiosos do LabSis (Laboratório Sismológico), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Universidade de São Paulo (USP), e da Universidade de Brasília (UnB).
“Quem compete para fazer isso é o governo federal e os professores estão sabendo dessa incomodação do maceioense. Os técnicos que estavam em casa já estão com computadores ligados, se falando. Tanto Rio Grande do Norte, quanto Brasília, como a USP, para verificar o tamanho disso aí e quais as providências serão feitas”, disse Dinário Lemos.
O G1 entrou em contato com o geólogo Lucas Barros, da UnB. Pelas características da ocorrência, o pesquisador acredita que não foi um tremor de grandes proporções.
“Mesmo que os órgãos não tenham registrado alguma coisa, não significa que não tenha acontecido. Para essa quantidade de gente ter sentido, pode sim ter sido um tremor de terra. Mas tremor que causa fissuras no asfalto são de grande magnitude. Considerando essas características, eu posso pensar que os buracos no asfalto possam estar relacionados com asfaltos que estavam ali antes”, explicou o geólogo.
Previsão do tempo
Ainda segundo Dinário Lemos, a previsão é que a chuva continue no domingo (4) e há chances de que se estenda até a próxima terça-feira (13). “Vamos continuar monitorando, mas pedimos a população que não entre em pânico”, ressaltou.
Fonte: G1 nordeste