Presídio no Recife em que detento foi morto teve 29 armas de fogo apreendidas em 2017

Em 2017, 29 armas de fogo foram encontradas dentro do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB), que integra o Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife. A informação foi divulgada, nesta sexta-feira (22), pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp-PE). A unidade é a mesma em que um detento de 35 anos foi assassinado, na noite de quarta-feira (20), e que uma pistola Taurus .380 foi apreendida durante uma revista, no dia seguinte.

Segundo a Secretaria Executiva de Ressocialização de Pernambuco (Seres), foram encontradas 50 armas de fogo ao longo de todo o ano de 2016, contra 21 achadas no ano anterior, em presídios de todo o estado.

Em média, de acordo com os números do sindicato, são apreendidas três armas por mês no presídio. De acordo com João Carvalho, presidente do sindicato que representa os agentes penitenciários, o balanço diz respeito ao período entre 1º de janeiro e 21 de setembro.

Das armas de fogo apreendidas, nove são pistolas e 20 são revólveres, encontrados durante revistas ou mesmo após tentativas ou assassinatos dentro do presídio. Outras duas unidades compõem o Complexo Prisional do Curado.

“O grande problema é o posicionamento do presídio em relação às casas, com trechos que têm distância pouco maior que três metros. A maioria dos materiais ilícitos é arremessada por cima do muro das unidades. Nas bordas internas, os presos, soltos no complexo, se aproximam e recolhem o que é jogado. Geralmente não se arrisca a tentar em entrar com drogas e armas se existe tamanha facilidade em jogar os produtos”, acredita Carvalho.

Fonte: G1