Camilo Santana e Alckmin defendem nome de Tasso para eleições indiretas

O governador do Ceará Camilo Santana (PT) afirmou, nesta sexta-feira (26), durante visita ao Polo Industrial e Tecnológico da Saúde (Pits), no Eusébio, que vê como positivo para o Estado o nome do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) assumir a Presidência da República em caso de eleições indiretas no País.

O tucano é um dos nomes mais especulados como opção para o mandato tampão até 2018 no caso de uma saída do presidente Michel Temer. Logo cedo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apontou Tasso e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) como os “dois grandes nomes” para a eleição indireta.

Camilo: “nome do senador Tasso é muito respeitado e seria muito bom para o Estado”

“Tenho colocado que a gente sempre tem que respeitar a nossa Carta Magna. Então, no caso de vacância do presidente, o que se tem colocado é uma eleição indireta, pelo Congresso. Para ter uma eleição direta, democraticamente, é complicado, para um mandato de um ano. Então, coloquei que se for para escolher entre os nomes que estão lá no Congresso, o nome do senador Tasso Jereissati é muito respeitado e seria muito bom para o Estado do Ceará e para o Brasil”, comentou Camilo Santana nesta sexta, no Eusébio.

O governador do Estado frisou, no entanto, que primeiramente é necessário saber se haverá vacância do cargo atualmente ocupado por Michel Temer (PMDB). “Quem vai definir os rumos é o Congresso e a pressão popular. É um processo. Mas defendo que é preciso respeitar sempre a Constituição, o guia legal para o nosso País”, finalizou Camilo.

Alckmin: “os dois grandes nomes do PSDB são FHC e Tasso”

“Quero antecipar que nesta hipótese eu não sou candidato a nenhuma eleição indireta. Os dois grandes nomes do PSDB são o presidente Fernando Henrique e o Tasso Jereissati”, disse o governador, após cerimônia de abertura de um feirão da Caixa, na capital paulista, hoje.

A declaração foi dada um dia depois de Alckmin se reunir com Jereissati e com o prefeito João Doria na casa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A reunião foi organizada entre as lideranças como parte das viagens de Jereissati para ouvir os caciques do partido e decidir uma posição de permanecer ou desembarcar do governo Temer na semana que vem, quando o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retoma o julgamento da ação que pode cassar o presidente.

Alckmin disse que a decisão de não ser candidato em uma eleição indireta é definitiva e reforçou que este não é o momento para discutir o cenário porque a prioridade é ajudar o País e o governo a manter a agenda de reformas.

Com informações do repórter Levi de Freitas