A mãe de Débora Lohany de Oliveira de quatro anos, Daniele de Oliveira, lamentou na manhã deste sábado (8), de não ter conseguido saber com precisão se o corpo encontrado por garis da prefeitura de Fortaleza nesta sexta-feira (7), era ou não da sua filha que está desaparecida desde o dia 27 de março. No entanto, a mãe diz ter certeza que é a filha por causa das mãozinhas.
“Era ela mesmo, por causa dos objetos. Não vi o corpo dela direito, de reconhecer. Ela não tinha mais face. Quem pegou ela deve ter matado no mesmo dia”, lamentou. Apesar de toda a dificuldade, Daniele diz que por meio das mãos deu para saber que era ela. “Eu conheci as mãozinhas dela”, contou emocionada.
A mãe relatou que a decomposição do corpo dificultou um possível reconhecimento das roupas da menina. Por isso, resultado de DNA que pode comprovar se corpo encontrado é de Débora pode sair na próxima segunda-feira (10).
Esperança e único amor
Daniele disse que nesses 12 dias de angústia ainda tinha um pouco de esperança em encontrar a filha viva. Ela acreditava que ela estava apenas presa. “Esperança de encontrar ela viva existia. Achava que ela estava somente presa. Alguém escondendo ela de mim. Ontem me deram a notícia e a ficha caiu”, disse.
“Era tudo que eu tinha na minha vida. Eu tenho outro filho, mas foi ela que escolhi para criar. Aqui não tinha amor de pai, só o meu”, confessou.
Exame de DNA
O resultado do exame de DNA que pode comprovar se o corpo da criança encontrado é da menina Débora pode sair em três dias, de acordo com a mãe da menina desaparecida.
Segundo mãe, após reconhecer a sandália que estava junto ao corpo, ela foi conduzida até a sede da Polícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), para os peritos recolherem material genético e fazerem comparação com o do corpo. A polícia informou para ela na sexta-feria que o resultado sairá em 72 horas.
Caso seja comprovado que o corpo realmente é o de Débora, Daniele informou que a criança será velada no cemitério Jardim do Éden. Antes mesmo do resultado, Daniele afirma não ter dúvidas que é o corpo da filha. “É a Débora, é ela”, disse ao G1.
A menina de quatro anos está desaparecida desde o dia 27 de março. A mãe relatou que a decomposição do corpo dificultou um possível reconhecimento das roupas da menina. O corpo, ainda não identificado, foi localizado por garis dentro de um terreno.
As delegadas Ivana Timbó, titular da Delegacia de Combate a Exploração de Criança e Adolescente (Dececa), Juliana Dalla Coletta, Patrícia Bezerra de Souza Dias Branco, titular da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD) e Sandra Mara Veras Lima, da Divisão de Homicídios estiveram reunidas durante a tarde desta sexta, na sede da Dececa, para discutir sobre o caso.