Os dados recentemente divulgados do Boletim Epidemiológico de 2016 do Ministério da Saúde apontaram aumento dos casos de sífilis em gestantes pela bactéria Treponema pallidum. No Crajubar, os órgãos de saúde reforçam o alerta sobre a importância da prevenção ou, no caso de contágio, do tratamento precoce, para que a doença não afete o bebê. Ano passado, 80 casos foram confirmados nas três cidades. O número, segundo as autoridades municipais da área, é considerado alto, já que se trata de um tema bastante trabalhado na rede de saúde.
Em Juazeiro do Norte, o setor de Epidemiologia confirmou 42 casos em 2016. Em comparação com 2015 (58 casos), o número foi menor. Por outro lado, a coordenadoria do setor considera o número alto, tendo em vista que a sífilis é uma doença que já vem sendo muito trabalhada e não deveria mais acontecer. Ela observa também que a estatística é possível com a realização do pré-natal, em que a gestante realiza diversos exames. Com isso, o diagnóstico precoce reduz os riscos de contágio para os bebês.
No Crato, em 2016, foram confirmados 20 casos de sífilis em gestantes. Deles, 11 evoluíram para sífilis congênita, transmitidas para o bebê pela placenta. Conforme informações da Secretaria de Saúde, a maioria dos casos se encontra na zona urbana (19 casos). Neste ano, um caso foi notificado. A secretária adjunta, Milenna Alencar, ressaltou que serão fortalecidas as estratégias para acompanhamento das gestantes e dos seus parceiros, com o objetivo de quebrar a cadeia de transmissão e evitar novos casos.
Em Barbalha, ano passado, foram 18 ocorrências confirmadas em gestantes de sífilis. Delas, 16 casos de sífilis congênita. De 2014 para 2015, os índices foram os mais elevados. As estatísticas subiram de 5 para 21, também aumentando as ocorrências de sífilis congênita de 7 para 16. Por conta dos riscos, os órgãos de saúde ratificam o alerta sobre a prevenção ou, no caso de contágio, do diagnóstico e tratamento precoce.
Conforme o Ministério da Saúde, a sífilis é transmissível em qualquer fase da gestação. Com isso, há risco de parto prematuro, morte fetal, convulsões, meningite, surdez, entre outros sintomas. Por outro lado, a maior parte das gestantes que realiza o pré-natal, seguindo todas as orientações médicas, não passa a doença para o bebê. Além disso, o tratamento para sífilis na gravidez deve ser indicado pelo obstetra e, normalmente, é feito com injeções de Penicilina em 1, 2 ou 3 doses, dependendo da gravidade e do tempo de contaminação.
Fonte: Jornal do Cariri