ncontro histórico marcou a festa de abertura do carnaval de Olinda. O Homem da Meia-noite e o Galo da Madrugada dividiram o mesmo espaço nas ladeiras da Cidade Alta pela primeira vez, deixando os foliões ainda mais animados com a festa. A cerimônia de abertura começou no final da tarde, com cortejo de mais de 20 agremiações.
A empolgação foi tanta que o artesão olindense Itamar de Arruda, 55 anos, não parava de gritar de tanta emoção, em frente ao palco montado em frente à prefeitura. “Esse encontro é algo muito especial para o nosso carnaval. É histórico. Nunca mais vou esquecer”, enfatizou o animado folião.
O presidente do Galo da Madrugada, Rômulo Meneses, fez questão de dizer que, apesar de alguns problemas enfrentados no desfile, só tem a comemorar o resultado final. “A orquestra prometida pela Prefeitura de Olinda não ficou com a gente. Então passamos um bom tempo só esperando a orquestra do Homem da Meia-noite chegar. Mas passado isso, eu sou só alegria. Essa união mostra a força do nosso carnaval”, explicou o dirigente bastante emocionado.
As duas agremiações já haviam se encontrado no carnaval do Recife em 2012, ano do centenário de Luiz Gonzaga e dos 80 anos do Calunga. O desfile oficial do Homem da Meia-noite acontece na virada do Sábado de Zé Pereira (25) para o domingo (26).
Japonesa faz bonito no maracatu
Os olhos puxados não enganam. No meio do Maracatu de Baque Virado Leão Coroado, uma japonesa chamavam a atenção ao mostrar intimidade com a alfaia e a cultura pernambucana. Falando um português perfeito, Naoko Ando, de 40 e alguns anos (como ela mesma enfatizou), mora no Brasil há seis anos. “Hoje estou em São Paulo, mas já vivi aqui dois anos”, afirma.
Naoko lembra que, em 2007, passou o carnaval em Pernambuco e, por isso, ficou apaixonada pela “cultura das Nações”. “Quando voltei ao Japão e fiz uma dissertação de mestrado sobre essa cultura. De lá pra cá, vim morar no Brasil e procurei não mais perder o carnaval de Olinda”, destaca a tradutora de japonês e português.
Questionada se ela volta a São Paulo já na Quarta-feira de Cinzas, ela não pensou duas vezes: “Só volto após a Festa do Boi do maracatu, na própria quarta”.